segunda-feira, 15 de junho de 2015

ESTRADA DE FERRO PARACATU

"Rodamos" 482km, dos quais 100km foram de terra, pela estrada que acompanha o leito da antiga Estrada de Ferro Parcatu, no trecho de Pitangui a Bom Despacho, passando por Velho da Taipa, Leandro Ferreira e Ponte da Amizade. Antes disso, passamos por Cachoeira da Prata e Papagaios, e fizemos uma rápida parada no Restaurante Varandão, em Pitangui, onde havia uma exposição de carros antigos por ocasião das comemorações dos 300 anos da cidade, a terceira mais antiga de MG. Em Leandro Ferreira almoçamos com dois trilheiros, "Zezim" e Libério, que estavam sentados tomando cerveja num boteco logo na entrada da cidade e gentilmente nos deram várias informações, ótimo papo. A parte cômica da viagem ficou por conta do "Seu Tustão", vereador há 5 mandatos consecutivos(segundo ele mesmo) no pequeno município de Leandro Ferreira, que "tomou de assalto" a garupa do Duílio no trecho de terra à caminho de Bom Despacho, para que o ajudássemos a tocar a vaca Chimbica(ou Ximbica, vai saber) que insistia em correr de seu dono(ele), como ele, já de idade, não a alcançava à pé, fez sinal para que parássemos e repentina e desavisadamente saltou sobre a garupa da moto ordenando: "siga a vaca, vamos tocá-la para o outro lado". Figuraça, o velho Tustão, exemplo da simplicidade e simpatia mineira.
A Estrada de Ferro Paracatu foi inaugurada na década de 1910 e incorporada à Estrada de Ferro Oeste de Minas em 1922. No município de Pitangui-MG, na estação conhecida como "Velho do Taipa" começava um pequeno trecho ferroviário chamado de Ramal de Pitangui que servia exclusivamente para ligar as ferrovias EFP e Ramal do Paraopeba à cidade de Pitangui. Devido a alguns erros que acarretaram atrasos, não conseguimos chegar até Barra do Funchal, na margem direita do Rio Indaiá, onde há os túneis por onde passavam os trilhos e é o ponto final da Estrada de Ferro Paracatu. Ela tem esse nome porque o projeto inicial visava alcançar a cidade que dá nome à estrada, e foi não somente interrompido, mas também teve os seus trilhos e dormentes arrancados. A EFP foi vítima desse criminoso desmonte e dela restaram apenas os cortes da estrada sem os trilhos, com pontilhões de aço e pontes de concreto sem os aterros nas cabeças e sendo usadas como pontes de passagem para veículos, várias estações abandonadas e tomadas por cupins e vegetação, belos túneis e a invasão imobiliária no traçado da ferrovia nas áreas urbanas.
*fonte: Wikipedia




Rio Pará, entre Pitangui e Velho do Taipa 





 Igreja de Pe. Libério, em Leandro Ferreira




Rio Lambari, entre Leandro Ferreira e Bom Despacho

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