segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

FAZENDA JAGUARA VELHA(MOCAMBEIROS-MATOZINHOS/MG)

Pra fechar o ano com “chave de ouro”, a última “motocada” do ano foi para conhecer um monumento histórico que deveria ser tombado como patrimônio histórico(se já não o foi, mas ao que parece, não.); as ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Jaguara, localizadas na Fazenda Jaguara Velha, no distrito de Matozinhos denominado Mocambeiros. Dita igreja foi construída entre 1786 e 1796, "constitui um dos mais extraordinários exemplares da arquitetura religiosa mineira localizada em área rural e uma das poucas obras do barroco totalmente atribuída ao mestre Aleijadinho, desde a construção até a confecção do mobiliário. No princípio do século XX, em 1910, a Fazenda da Jaguara foi vendida para o superintendente da Cia. Morro Velho, o inglês George Chalmers, protestante e sem apreço pelas tradições brasileiras que doou altares e ornamentos à Matriz de Nossa Senhora do Pilar, de Nova Lima, onde estão até hoje, outras peças foram doadas a igrejas da região e muitas se encontram nas mãos de colecionadores.
Em pouco tempo, sem nenhuma manutenção e interesse em preservar, a igreja começou a cair, restando apenas às ruínas."* Pois bem, a "jornada" se iniciou às 7h:40m, quando saímos de Curvelo, eu, Anderson Matoso e Marcos Guimaraes e rumamos a Sete Lagoas, onde encontramos o Gustavo Ferreira, que nos apresentou o caminho até o monumento e também à várzea do Rio das Velhas, num ponto onde há o desague das águas de um riacho(não me recordo o nome) em seu leito, proporcionando belo visual. Antes, porém, de chegarmos às ruínas, passamos pelo mirante do Planalto da Jagoara, de onde se tem bela vista da fazenda histórica e que já abrigou um hotel, hoje desativado. Tanto na ida, à partir de Funilândia, quanto na volta, até Matozinhos, uma "estradinha" de terra no meio do cerrado e às vezes cercada por alamedas de eucaliptos ou bambuzais nos conduziram a esse pequeno paraíso e para longe dele, novamente em direção a Sete Lagoas, de onde nos despedimos de Gustavo e retornamos a Curvelo. Um rápido passeio(apenas no período da manhã) por uma curta distância, mas que nos proporcionou enorme deleite pelas belas imagens que nossos olhos capturaram, e que ora compartilho. Feliz Natal a todos, e que venha 2015 com muita fé.
*Fonte: "site" da Prefeitura Municipal de Matozinhos
























ESTRADA REAL II - CAMINHO DOS DIAMANTES(SERRO A CONC. MATO DENTRO)

Acordei às cinco, fui até a rua para olhar como estava o tempo, piso molhado e sereno convidando a voltar pra cama. 
-Obrigado, mas fica pra outro dia.
"Visto" os equipamentos, ligo o motor e ponho o "pé na estrada", junto com os bons companheiros, pela BR-259 em direção a Serro. Pouco mais de cinquenta quilômetros à frente e o sereno toma forma de chuva, inicia-se a subida da serra(Maciço do Espinhaço) e logo nas primeiras curvas, um susto, o condutor de um automóvel que trafegava em sentido contrário e descia a serra em alta velocidade perde o controle e roda na pista, passa girando como um peão ao nosso lado, por "sorte", o ângulo da curva apontava em sentido contrário ao nosso e o "peão" não nos atinge. Paramos pra ver o que houve, nenhuma vítima, nessa hora, lembro que não rezei(orei), ainda é tempo:
- Obrigado, Senhor.
Chegando em Serro a chuva aperta, e a estrada afrouxa, sai a BR-259 e entra a MG-10(Estrada Real), sai o asfalto e entra a terra, ou melhor, lama. Escorrega daqui, escorrega dali, problemas elétricos, trabalho de equipe, tudo resolvido. Viagem que segue, chegamos a "Conceição", chuva incessante. Como "saco vazio não pára em pé", é hora do "rango", ah, delícia a comida mineira. Pé na estrada de novo, pois a chuva não nos dá a opção de apreciar os pontos turísticos, já passa do meio dia e o caminho de volta, também pela MG-10 e Serra do Cipó, ainda é longo. Chuva perene e frio "europeu"(de verão, mas não deixa de ser europeu(14,5ºC)). As curvas são tantas e tão fechadas que a sensação é de se estar em uma escada rolante em espiral, o piso está muito molhado e a neblina encobre tudo que está acima e à frente do nosso nariz, a prudência(e insegurança) é(são) a tônica. A estrada contornada por bela paisagem, típica de montanhas, difere bastante do restante da região central de Minas, dominada pelo cerrado. Ainda não foi dessa fez que cumprimentei de perto o Juquinha(a foto dele é a última do álbum para quem não o conhece, mas infelizmente não é uma foto minha), mas ao longe e meio encoberto pela neblina noto o seu aceno e retribuo.

Para fins estatísticos:
total percorrido: 492,9km
tempo: 12 horas
total gasto: R$90,00(R$3,00 de café da manhã, R$72,00 de gasolina(R$35,00 em Cvo. e R$37,00 em Serro), R$15,00 de almoço em Conc. M. Dentro)